De 23 Junho a 2 Julho 2022
Horário: Das 9h às 20h
Mercado do Escoural
Tendo, como ponto de partida, um método de trabalho com inspiração surrealista, a Pó de Vir a Ser e as Oficinas do Convento convidaram 6 artistas – Eduardo Freitas, Isaque Pinheiro, João
Rolaça, Liliana Velho, Maja Escher e Rui Horta Pereira – a executarem diversos objetos escultóricos, em pedra e em cerâmica.
Desafiados a executarem esculturas mistas, os escultores de pedra e os artistas ceramistas executaram, cada um, uma metade de uma escultura. Posteriormente, os artistas foram
convidados a partilharem entre si apenas os desenhos do perfil de cada um desses objectos escultóricos.
O momento de união das peças teve lugar em Novembro de 2022 na aldeia ferroviária de Casa Branca, ocasião em que os artistas descobriram com quem tinham estado a trabalhar “do outro
lado”.
O resultado deste processo é o que se apresenta na exposição “De Cá para Lá”.
Artistas: Eduardo Freitas, Isaque Pinheiro, João Rolaça, Liliana Velho, Maja Escher e Rui
Horta Pereira
FICHA TÉCNICA
Organização: Pó de Vir a Ser
Parceiro: Oficinas do Convento
Apoios: República Portuguesa / Direção Geral das Artes, Município de Montemor-o-Novo e
Assimagra – Recursos Minerais de Portugal.
Co – Produção: Município de Évora
Registo Vídeo: Cooperativa CAL
Os artistas:
Rui Horta Pereira ( Évora-1975) tem dedicado uma parte substancial da sua investigação artística e criativa ao desenho, o desenho é em grande medida o elemento mais constante. Essa permanência do desenho tem um âmbito alargado seja nos aspetos formais, seja nas formulações teóricas que propõe. Procura problematizar, do mesmo modo que procura resolver. É, digamos assim, a substância dinâmica que convoca permanentemente outras disciplinas como a escultura, a animação e a fotografia, se aproxima de preocupações e causas ambientais e sociais, ou se traduz numa partilha de saber, em oficinas, ateliers, visitas. A produção artística deve ser uma aferição e uma afirmação da diversidade e multiplicidade do mundo, o meu trabalho é constituído por um conjunto de hipóteses que procuram confirmar e enquadrar essa convicção.
É formado em Escultura pela FBAUL/Lisboa. Nos últimos anos obteve igualmente apoios à criação de algumas entidades, entre as quais a F. C. Gulbenkian e a DGArtes. É representado pela Galeria das Salgadeiras.
Maja Escher Santiago do Cacém, 1990
Licenciatura e Mestrado em Arte Multimédia pela Faculdade Belas Artes de Lisboa (2014), Pós-Graduação em Pedagogia Waldorf, Institut Waldorfpädagogik Witten,Alemanha, (2016). Concluiu o curso de Cerâmica no Ar.Co e foi bolseira Projecto Individual –Cerâmica também no Ar.co .O seu processo artístico tem-se desenvolvido em torno de processos participativos, da percepção e exploração de aspectos da natureza, comemorações e rituais ancestrais, festividades e expressões populares. Para além da cerâmica, a sua prática artística envolve colecionar. Coleciona adivinhas e ditados populares como coleciona ramos, pedras e canções, folhas e histórias; às vezes, preservando-as por anos antes de integrá-las em suas esculturas.
Esses vários elementos reunidos interagem de maneira quase ritualística, dando origem a símbolos antigos e novos.Integrou exposições como: Exposição de Bolseiros e Finalistas , Ar.co Xabregas, Lisboa2019 , Azul, Ar.co Xabregas, Lisboa (2018), Auction, Zaratan-Arte Contemporânea (2018), Um ciclo, Galeria Municipal Montemor-o-Novo, 2016, Ensaios sobre um lugar imagem, Espaço LabArt MU.SA Sintra (2015), Limbo, VPF Cream Gallery, Lisboa (2012), 41°, AVA, London, U.K (2011) Expôs individualmente Um dia choveu terra Galeria Municipal, Almada (2020), Semear Nuvens,Ascensor, Lisboa, (2019) QuatroVentos ,Galeria OTOCO, Lisboa (2019).
Isaque Pinheiro nasceu em Lisboa, em 1972. Vive e trabalha no Porto. Conta com exposições individuais no Paço Imperial no Rio de Janeiro e em galerias como Caroline Pagès (Lisboa), Mário Sequeira (Braga), Presença (Porto), Esther Montoriol (Barcelona), Artnueve (Múrcia), Laura Marsiaj (Rio de Janeiro), Moura Marsiaj (São Paulo), Ybakatu (Curitiba) e dotART (Belo Horizonte), destacam-se também participações em exposições coletivas no Stenersen Museum (Oslo), Centro Galego de Arte Contemporânea (Santiago de Compostela) e Caixa Cultural (Rio de Janeiro).
Está representado na Coleção de Arte Fundação EDP | MAAT (Lisboa), Fundação PLMJ, Coleção MG (Alvito), Museu da Bienal de Cerveira, Fundação Caixanova (Espanha), Centro Galego de Arte Contemporânea (Santiago de Compostela) e Fundação Edson Queiroz (Fortaleza, Brasil), entre outras.
João Rolaça nasceu em 1988. Vive e trabalha em Montemor-o-Novo.
É doutorando em Escultura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa (FBAUL+VICARTE) com o projecto A Forma do Fogo – Escultura Cerâmica de Larga Escala e seus processos de Cozedura, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (2017-2021). Fez o Mestrado em Artes Plásticas na Central Saint Martins em Londres (2011) e a Licenciatura em Escultura na Faculdade de
Belas Artes de Lisboa (2010). Colabora ativamente com a Oficinas do Convento desde 2014, promovendo e desenvolvendo atividades ligadas à Cerâmica Artística, nomeadamente formação, apoio especializado a artistas, cozeduras e projectos multidisciplinares. Tem desenvolvido, participado e cooperado em exposições nacionais e internacionais, de entre as quais se destacam: Exposição Internacional da Bienal de Cerâmica Artística de Aveiro (2017); CO-2 (2017), exposição colectiva na Galeria FOCO, Lisboa; A Forma Traduzida (2015), individual na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo; a coletiva de escultura O Peso das Coisas (2014), de que fez a Curadoria e participou como artista, no Centro Cultural do Cartaxo e Xamples, 2007-2012 (2012), coletiva na Triangle Gallery em Londres.
Liliana Velho (Lisboa, 1985) é uma artista visual, que tem dois corações, um em Viseu e outro em Montemor- o-Novo.
Licenciou-se em Escultura da Universidade de Belas Artes de Lisboa (2009) e possui mestrado em Ensino das Artes Visuais pela ARCA, Coimbra (2012). Nos últimos anos, Liliana tem-se dedicado à escultura em cerâmica, escolhendo o barro como o material mais importante na sua prática. Também trabalha com diferentes meios, como desenho, escultura e a instalação. Desde 2015, expõe regularmente, em exposições individuais e em coletivos de arte colaborando com outros artistas. Atualmente vive e trabalha em Viseu.
Eduardo Freitas nasceu a 2 de Maio de 1990, em Ponta Grossa, Paraná,Brasil. Em 2017 decidiu mudar-se de país na expectativa de encontrar novos estímulos e impulso criativo para a sua produção artística. Reside em Portugal desde então. Como artista investiga os conceitos relacionados à forma, matéria, hibridação das linguagens artísticas, corpo e a tradição, numa abordagem artística que cruza a sua vivência pessoal às memórias, histórias e lugares do “outro”.
Quanto à sua formação, licenciou-se em Escultura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Brasil (2012). Especializou-se em Poéticas Visuais, pela mesma instituição (2014). Em Portugal, cursou o mestrado em Práticas Artísticas em Artes Visuais, na Universidade de Évora (2019). Atualmente é doutorando no curso de Arte Contemporânea, na
Universidade de Coimbra.
Em 2018 participou da residência artística no Departamento de Escultura em Pedra de Évora – Associação Pó de Vir a Ser. No mesmo ano, venceu o concurso para a residência artística “Tradição><Contemporâneo”, nas Oficinas do Convento, Montemor-o-Novo.
Em 2019 desenvolveu a residência artística “Articulações”, no Centro Unesco para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em Beja. Entre os anos de 2004 e 2017, participou de diversas exposições e salões de arte, sendo premiado no 24o Salão de Arte de Praia Grande – SP; 45o Salão de Arte Luiz Sacilotto – SP; 48o Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba – SP; 5o Salão Nacional de Cerâmica – PR; 3o Salão de Arte Contemporânea de Ponta Grossa – PR; 14o Salão Nacional de Arte de Jataí – GO; Prêmio 3o SESI Arte Contemporânea de Curitiba – PR, e Menção Honrosa no 4o Salão Nacional de Cerâmica – PR. Em 2016 foi um dos artistas selecionados para a Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas, com exposição itinerante apresentada nas galerias da Caixa Cultural, localizadas em sete capitais do Brasil: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife.
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