Exploradores Sonoros

Oficina de Escuta e Composição Sonora de Campo / Exploradores Sonoros

João Bastos | Lourdes Fernández

27

2013-2016

Enquadrado no PROJECTO M da Oficinas do Convento, ao abrigo do financiamento da Secretaria de Estado da Cultura – Direção Geral das Artes e Município de Montemor-o-Novo, a Oficina de Escuta e Composição Sonora de Campo / Exploradores Sonoros é um projeto educativo e artístico que tem como tema principal a escuta e a composição sonora.Esta oficina está programada para o quadriénio 2013/2016, em Montemor-o-Novo, e desenrola-se em parceria com outros espaços da cidade: em 2013 decorreu na Oficina da Criança e no Centro Juvenil; em 2014 decorreu na Oficina da Criança e nas freguesias rurais de S. Cristóvão e Cabrela, aproveitando aí um espaço de características mais naturais, dirigida a toda a população. Em 2015, a oficina realizou-se nas freguesias rurais de Ciborro e Escoural. Em 2016 irá estender-se igualmente a algumas freguesias do concelho de Montemor-o-Novo. A proposta artística deste projecto, através dos músicos João Bastos e Lourdes Fernandez,  foi gerada a partir da necessidade dos seus criadores de criar novas estéticas sonoras e novas formas de explorar e perspectivar o som. Estas oficinas desenvolvem-se nas componentes teórica e prática, sensibilizando os participantes para a escuta, desde a dimensão fisiológica e psico-acústica do som até à composição. Os participantes são levados à produção sonora através de recursos físicos, da caracterização sonora e das suas possíveis utilizações. De forma pedagógica, a oficina conduz à exploração de novas formas de produção e composição sonora, ou à exploração de paisagens sonoras em direto.

VIDEOS DE APRESENTAÇÃO DO PROJECTO

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CARTAZES

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ÂMBITO DAS OFICINAS

Ao longo das Oficinas são abordadas várias noções teóricas sobre o Som, as suas propriedades e, as relações com o Corpo e o Espaço. Para trabalhar estes conceitos, os participantes realizam actividades como jogos, debates, ditados sonoros, diários sonoros, pequenas composições, captações e outras experiências práticas. 

Desenvolvem-se jogos e acções que levem a experienciar essas noções. 

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PROPRIEDADES DO SOM

O funcionamento do Aparelho Auditivo, Jogos sobre a  Altura, a Intensidade, a Duração e o Timbre, Conceitos de Vibração e Propagação Sonora.

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A ESTEREOFONIA

Através da explicação do aparelho auditivo, da utilização de microfones em estero, a sua posterior audição através de auscultadores, os participantes testam as suas capacidades auditivas, e através de um gravador gravam o som em estereofonia.

Exemplos  de uma ficha sobre estereofonia finalizada

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Exemplos de Ditados Estereofónicos usados nas sessões para preencher fichas de esterofonia

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VISUAL LISTENING / ESCUTA VISUAL

É uma experiência criada e desenvolvida pelo artista chileno Ariel Bustamante, na qual dois participantes estão sentadas em cadeiras frente a frente, com uma folha de papel branco numa mesa entre eles. Um participante tem um lápis preto, o outro está com os olhos vendados e tem um lápis multicolor. O participante com o lápis preto desenha em primeiro lugar uma forma que, de seguida, deve ser seguida pelo participante de olhos vendados, que tenta acertar e desenhar a mesma forma no sítio certo da folha. Depois de vários desenhos é possível ver a atenção do participante vendado, comparando as suas linhas coloridas com as linhas negras.

Referência

Autor : Ariel BustamanteFonte: 

Vimeo – Ariel Bustamante

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FOLHAS DEPOIS DO JOGO

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DIÁRIO SONORO

É uma actividade de identificação e captação de sons. Os participantes começam por construir uma grelha – numa folha ou quadro – onde identificam sons específicos (ex.: os sons do meu quotidiano). São discutidas as características de cada som identificado e os equipamentos necessários para a sua captação. Passa-se então ao processo de gravação, em que os sons existentes na grelha elaborada vão ser gravados. Com os materiais sonoros já gravados, podem realizar-se finalmente diferentes actividades, como composição gráfica e expressão corporal através do som, ou composições musicais ou sonoras.

Passo 1 – Elaboração e construção do Diário Sonoro

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Passo 2 – Recolha e gravações de Som

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Passo 3 – Audição e Composição Sonora ou Musical

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MEMÓRIAS SONORAS

2015

Nesta fase do projecto trabalharam-se conceitos como o som, a escuta e a memória a elas associada. O grupo foi formado pelos utentes do Lar do Escoural. A utilização de música e som para estimular o corpo e a memória num sentido da auto valorização por parte do idosos como singular e, como um grupo.

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Conversa com os participantes depois da audição de um fragmento musical.

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A Biblioteca de Sons 

Algumas captações feitas durante o “Diário Sonoro”. Estes sons foram gravados e selecionados pelos participantes. Podem também encontrar-se aqui sons e músicas auxiliares às oficinas.

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SONS

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Sino da Igreja, S. Cristóvão

Aldraba da Porta, S. Cristóvão

Ambiente, S. Cristóvão

Facas, Cabrela

Chaves, Discussão, Cabrela

Bicicleta, Cabrela

Água, Cabrela